É, pois, algo verdadeiramente maravilhoso que, embora seja o homem distorcido, corrompido, perdido em consequência da queda, é ainda homem. Não se tornou uma máquina, nem animal, nem planta. As marcas da “humanidade” ainda nele subsistem – amor, a racionalidade, o anseio por sentido, o temor do não ser, e assim por diante. Esse é o caso mesmo quando seu sistema não-cristão o leva a dizer que estas coisas não existem.
Entretanto, tais coisas é que o distinguem do mundo animal e vegetal e da máquina. Por outro lado, partindo de si mesmo autonomamente, é bastante óbvio, que sendo finito, jamais pode alcançar qualquer resposta absoluta. Isto seria verdadeiro se fosse somente com base no fato de que o homem é finito; a isto, entretanto, deve se acrescentar, desde a queda, o fato de sua rebelião. Rebela-se contra o testemunho do que existe e o perverte – o universo externo e sua forma, e a “humanidade” do homem.
Extraído de A MORTE DA RAZÃO de autoria de Francis Schaeffer primeira edição em Português 1974
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