quarta-feira, junho 10, 2015

PENTEANDO PORCO ESPINHO




Em certo momento dos evangelhos podemos ler claramente: “quem quiser vir após mim, tome a sua cruz e siga-me.” Estas palavra são atribuídas a Jesus, que os cristãos creem ser o Cristo. A tradição cristã, a partir de um dado momento, procurou homogeneizar certa interpretação para o calvário e a cruz de Jesus, ou se preferirem, de Cristo. Mas a cruz há de nos fazer retornar ao Éden, quando o casal primordial, chamado posteriormente de Adão e Eva, tomou do fruto que Deus havia proibido de comer e o comeram. Embora estas palavras não estejam no referido texto, os cristãos passaram a chamar aquele ato de “pecado original”, ou, o ato de desobediência humana que culminou na expulsão do Jardim de Éden. A humanidade, então, carregou uma dívida impagável que exigia resgate, pagamento. Assim, aquele que instituiu a dívida, Deus, envia aquele que há de pagá-la: o Filho de Deus. A cruz seria o momento em que o Filho de Deus se oferece em sacrifício a Deus em prol da humanidade, pagando, assim, a dívida que estava inscrita desde o Éden. A relação crime-castigo teria sido quebrada pelo sacrifício, este que abre as portas dos céus aos humanos, permitindo-lhes retornar a Deus. A alma do humano tem, por meio da fé em Jesus o Cristo sacrificado por nós, a porta aberta que permite trilhar o caminho até Deus.

A questão do pecado, introduzida na interpretação do Gênesis, é importante. No grego a palavra “pecado” é “amarthia”, isto é, “errar o alvo”. A metáfora implícita é a de um arqueiro que mira o alvo e falha em sua tentativa. O humano ao dar ouvidos à serpente passou a desejar ser igual a Deus, assim, teria errado o alvo, tornando-se assenhorado pelo pecado. Jesus teria dito, ademais, que somos servos de quem servimos. O humano tornou-se escravo do pecado, isto é, assenhorado pela serpente. O sacrifício da cruz seria o preço que Deus teria que pagar pelo resgate do humano. A cruz tornou-se o símbolo do resgate, do preço da liberdade humana, que o permite retornar a Deus, isto é, que ao crer pode trilhar o caminho de retorno a Deus. Jesus teria pago o preço, de uma vez por todas, mas o enganador de nossas almas permanece solto ao nosso derredor, rugindo como um leão, a fim de nos tragar novamente para a morte. Neste ponto a obediência, que é a contraparte do pecado, retorna como exigência moral. Haveria um conjunto de leis morais, ideais, que devemos nos submeter em obediência, a fim de nos afastarmos do perigo do pecado. Entre estes ideais estaria a família tradicional, composta por um homem, uma mulher e a prole. O sexo se daria no âmbito da heteroxesualidade e da monogamia.

Qualquer desvio deste alvo de idealidades implica em errar o alvo, isto é, pecar. Haveria um conjunto de normas morais que regem a vida do cristão, regras estas reveladas por Deus à humanidade, que a não observância, isto é, a desobediência significa rebeldia, tal qual aquela que Lúcifer teria realizado quando desejou ocupar uma posição similar a Deus, nos céus. Aquelas questões norteadores e normatizadoras das relações na família, na sexualidade, na obediência às leis pátrias, no trabalho, na submissão às hierarquias eclesiásticas, normas sobre o uso da linguagem (verdade/mentira, palavras chulas, seduções, sedições, etc.), normas sobre as vestimentas, sobre as condutas sociais, etc., tudo isto é idealizado, correspondendo ao pecado quando não as levamos em conta ou não nos identificamos com elas. Na cruz Jesus, ou Cristo, teria pago o preço da desobediência humana, no entanto, agora o indivíduo deve mostrar em seus atos a fé que diz ter. A moral cristã se torna não apenas rígida, como tradicional, isto é, tem seus arquétipos em modelos ideias que foram fixados no passado. Na cruz foi pago o preço do desvio, mas a partir da fé devemos conhecer o modelo revelado por Deus para o humano ideal e nos submeter a este modelo, enquanto Satanás e seus anjos buscam nos fazer desviar os olhos destes padrões divinos de valores e comportamentos morais.

O humano de fé se volta para a cruz e crê na possibilidade de se livrar das imposições da carne, dos apetites da imoralidade e se volta ao conhecimento dos modelos e padrões divinos que o permite viver com outros humanos, aqueles que compartilham da mesma fé, e aqueles que não compartilham. O padrão elevado da moral cristã coloca o crente numa posição superior de civilidade, de respeito às leis e às normas da cidade, da política. O cristão dos primeiros séculos foi reconhecido por sua conduta moral, cívica de obediência às leis, de ser pacífico e de contribuir com o bem comum. Os protestantes dos séculos XVI em diante, foram trabalhadores fervorosos que buscavam glorificar a Deus por meio de seu esforço e enriquecimento, além de uma moral ilibada. A cruz destes cristãos seria o dar as costas aos apetites carnais, daquilo que é passageiro, mutável, corruptível, voltando-se para o eterno, o imutável, o incorruptível, etc. Sacrificavam, assim, seus corpos a fim de obter um prêmio de excelência maior na eternidade.

Mas o que, de fato, se torna eterno é o pecado, a culpa e o sacrifício. Como as exigências morais são ainda mais elevadas e as regras ainda mais rígidas, as chances, as possibilidades, a efetividade de um humano em cumprí-las, em realizá-las é inexistente, é impossível. Sempre o humano estaria retornando ao Éden e retomando o fruto proibido e comendo-o, sendo expulso dali infinitas vezes. O cristianismo se torna trágico, pois o sacrifício não cessa, antes, se reproduz como numa linha de produção. Jesus, ou Cristo, retorna incessantemente para a via crucis, carrega a cruz, é violentado, pendurado, desnudado, escarnecido, abandonado e morto bilhões e bilhões de vezes. A alternativa é que o sacrifício de Jesus, ou Cristo, tenha pago os pecados do passado e do futuro, segundo a potencia eterna do sacrifício vicário. Mas, então, temos um problema com a obediência, pois na superabundância sacrificial a obediência pode ser abandonada em nome da graça.

Outro problema do esquema pecado original e dívida satânica é que Deus decretou esta norma, mas Deus, a despeito de seu poder único e inigualável, não decretou o fim da dívida. Em outras palavras, por que Deus, no lugar de exigir sacrifício, não, simplesmente, disse: estão perdoados os pecados? Explicando melhor. Deus, no Éden, disse ao humano que se ele comesse do fruto do conhecimento do bem e do mal, ele (o humano) morreria. O casal, não obstante esta recomendação, tomou do fruto e comeu, assim dizem os cristãos, e pecaram. Por que será que Deus não se voltou para o casal e, imediatamente, lhes disse: “eu vos perdoo”? Não! Muito pelo contrário, exigiu que seu filho se tornasse um sacrifício para pagamento de uma dívida que os humanos tinham com o próprio Deus. Deus paga sua própria dívida?! Imaginemos que José deva a Manuel um valor impagável. Depois de várias tentativas frustradas, Manuel diz a José: Ok, você não vai me pagar, então, eu mesmo me pagarei. Tira um talão de cheques do bolso, preenche com o valor da dívida, assina-o, e dá o cheque preenchido e assinado a si mesmo. E diz a José: agora você me deve obediência. A narrativa do pecado-dívida-sacrifício pode ser simplificada nesta anedota.

A questão central está, nesta narrativa, na dívida impagável criada pelo soberano e a obediência daqueles que são colocados diante de exigências sobre-humanas. Exigências morais que são da ordem do íntimo, do privado e do social, mas também são da ordem do público e do político, pois tanto devemos nos identificar com os padrões e valores comportamentais e sociais, como temos o dever de obedecer às autoridades como que instituídas por Deus. Quaisquer atos contrários ao Estado, às leis, à moral pública e privada, assim como desejos íntimos e secretos são tomados como desvios do alvo, portanto, pecaminosos, passíveis de punição. O sacrifício de Jesus, ou Cristo, na cruz nos lembra aquelas palavras dele mesmo: “vocês, fariseus, se esforçam para fazer um prosélito, quando conseguem impõem a ele uma carga ainda mais pesada do que aquela que tinha antes.”

Temos que imaginar, sem temor, que a narrativa da cruz tenha outro sentido. Imaginemos, por mais absurdo que possa nos parecer, que a cruz não teve como propósito o pagamento de dívida, pelo contrário, apontou para o fato de que não há dívida alguma a ser paga.

Imaginemos que o pecado original não seja atribuível ao ato de comer o fruto, mas o de estabelecer sacrifícios como forma de aplacar a culpa e as dissimetrias. Em outras palavras, o pecado não é uma rebeldia contra um mandamento, nem um ato profanatório, mas o ato de sacralização. Ao sacrificarmos estabelecemos um corte que separa, que segrega as partes que antes estavam unidas, formando um todo. Agora, temos uma parte destinada ao que é alto e sublime e uma parte que é destinada ao que é baixo e vil. Justificamos o sacrifício no erro a ser corrigido, ou, na busca de aplacarmos as forças que buscam restituição de um erro, de uma perda, de um desvio. Mas, contudo, o erro é a imputação de dívida a quem nada deve e a requisição de um sacrifício a quem não tem culpa. Portanto, o sacrifício é o pecado e como tal produz morte. O sacrifício é o assassinato injusto e ineficaz que legitima a segregação, a assimetria, as imposições. A lei do pecado é a morte, isto é, o sacrifício se impõe como o próprio desvio de uma norma divina, que é a vida.

Se o Gênesis não for a narrativa de uma dívida imputada por Deus aos humanos, mas a introdução de uma simulação de erro que justifica a segregação e as dissimetrias, como fica a cruz de Jesus, ou Cristo? Podemos imaginar Jesus, ou Cristo, diante daquela barbárie que era o sacrifício e percebendo a mentira que está subjacente a este simulacro de ordem tenha pretendido tornar manifesto a mentira sacrificial. O sacrifício é o dispositivo de ordem político-teológico de legitimação da dominação. Mas Jesus Cristo, disse: “entre vós não será assim, pois o maior entre vós será quem vos servir.” Jesus Cristo se volta contra a dominação do humano pelo humano e percebe no sacrifício o dispositivo de legitimação da dissimetria de poder. Entendamos que o sacrifício é o que garante que o erro seja purgado, pago, portanto, garante a continuidade da ordem social. O sacrifício reinstaura a ordem sócio-política, e mantém o cosmos, que está integrado, imbricado com o político. Sacrificar é reinstaurar ordem e não sacrificar é por fim ao mundo. Jesus Cristo, por sua vez, move-se no sentido de demonstrar que a ordem político-jurídico-social do mundo se funda na mentira, na falácia, na violência, no poder. A mentira do poder é aquela que diz que o sacrifício garante a ordem social, assim, cada um de nós há de se entregar voluntariamente ao bem maior.

Desta maneira, podemos imaginar, Jesus Cristo teria proposto sua morte a fim de demonstrar que o sacrifício é ilegítimo, violento e suporta a grande mentira da Pólis Grego-Romana: a ordem social exige sacrifício dos cidadãos. A morte de Cristo na cruz não instaura ordem, mas amplia a desordem. Os textos subsequentes aos evangelhos procurariam demonstrar que a desordem é crescente na região da Palestina, até que no anos de 70 dC. Jerusalém é arruinada. A morte de um homem justo não produziu a ordem, mas a desordem, o assassinato, a injustiça. Os textos escatológicos, de Mateus, Tessalonissenses, Apocalipse, etc., procuram mostram como a ordem sacrificial não instaura ordem, mas violência, dissimetria, morte, etc. Jesus Cristo não teria morrido para pagar o preço do pecado, mas para demonstrar que o verdadeiro pecado é a mentira do sacrifício. Como diz o profeta Daniel: o Messias fará cessar todo sacrifício. A cruz demonstra que é o sacrifício que deve ser eliminado, com ele a culpa/dívida. Não há dívida alguma a ser paga a Deus, este é o sentido da morte da cruz. Por isso Jesus Cristo teria dito para que cada um pegue a sua cruz e o seguisse, isto é, creia que não há dívida alguma a ser paga e que o sacrifício apenas sustenta uma mentira que garante a violência, a opressão, o poder dissimétrico que exige a morte sacrificial do indivíduo em prol das elites e poderes.

Paulo teria escrito mais tarde: nossa luta não é contra a carne e nem sangue, mas contra os “Arché” (em latim “Imperium”, em português, “o Império”, os poderes expressos pelas elites políticas, culturais, econômicas, religiosas, etc.). Em outro lugar havia escrito: Deus nos transportou do Império (“arché”, “Imperium”) das trevas para o reino (“basileus”) do Filho”. Não é uma questão de se voltar contra a política, mas se voltar contra o fundamento da Política, isto é, o sacrifício daqueles que estão destituídos de poder, daqueles que estão à margem do poder, da periferia do poder. É reestabelecer uma possibilidade de vida comunitária que não se funda nas dissimetrias, nas segregações, nos cortes, nos sacrifícios, mas na igualdade das diferenças. Foi o movimento a partir do século II dC., quando os Patriarcas da Igreja começaram a ler os gregos e os romanos, que tornou a Igreja em um modelo moral rígido que exigia abstinência de certos comportamentos morais. A morte de Jesus Cristo na cruz aponta para o fato de que o poder, as elites, os discursos legitimadores da ordem pela via sacrificial, estão sempre fazendo crer na falácia da dívida primordial do indivíduo para com a coletividade, portanto, é exigido deste indivíduo seu sacrifício em prol da ordem. São, no entanto, os segregados, os periféricos, os despoderados que devem se sacrificar pelo bem de todos. O sacrifício destes periféricos é que garante a ordem. Sacrificam suas liberdades em prol do Arché, do Imperium, do Estado. Jesus cristo, segundo esta imagem que projetamos, teria demonstrado que o sacrifício não funda ordem, mas funda submissão.

Nos últimos duzentos anos a representação sacrificial tem sido demonstrada pela moral pequeno-burguês, ou a moral revolucionária marxista. Ambas exigem o sacrifício do indivíduo periférico em prol da sociedade, quer seja ela dominada pelas elites econômicas, quer seja ela dominada pelas ideologias totalitárias. Nas últimas décadas, enquanto a moral sacrificial do trabalho encontrava seus limites últimas de ordenamento da vida social, uma outra moral comezinha tomava vulto: a sexual. Por conta da revolução industrial-taylorista, das guerras mundiais e da pílula a mulher passa a ocupar espaço na vida do trabalho e na vida pública, esgotando, assim, aquele arranjo da família burguesa em que o pai sai para trabalhar e a mãe cuida da economia doméstica e da educação dos filhos. Esta ruptura faz emergir um problema de sentido para a moral cristã-burguesa, que se volta para estabelecer suas fronteiras de sentido na relação estrutural hetero x homo. A despeito da complexidade do tema, podemos perceber que a religião sacrificial que busca modelos ideias aos quais os indivíduos devem se identificar encontrou na fixidez biológica um substrato “natural” que aponta para o lugar do homem e da mulher. Determinando o modelo de família ideal formada por um homem, uma mulher e seus filhos, a religião sacrificial encontra uma forma a qual os indivíduos devem se identificar e se submeter, amoldando-se a este ideal, sacrificando suas escolhas pessoais.

Entretanto, se é o sacrifício que Jesus Cristo põe fim, então, esta ordem natural deve ser exposta a valores que não emergem espontaneamente dela. O que isto poderia querer dizer? Que não haveria um modelo de família ideal dada pela imagem estética e de papeis sexualmente determinados. Antes, haveria um princípio relacional que deveríamos preconizar, priorizar, valorizar, buscar, que seria aquele encontrado na cruz. O princípio do cruz é o do amor gracioso e não da lei modelar. A lei, a norma, a moral é resultante de um reconhecimento das demandas individuais e dos ajustes coletivos que priorizam o amor gracioso. A morte na cruz é o entendimento que o sacrifício não representa e nem impõe ordem, mas que podemos ordenar a vida a partir do reconhecimento mútuo, tendo como fundamento elegível (por fé) o amor gracioso. O que o amor gracioso deseja não é o modelo ideal de família entendido como papeis sexualmente determinados, mas queremos relacionamentos que reconheçam nossa individualidade e nossa carência de sentido dado na comunidade. Não se tem um projeto de família que exige o sacrifício de nossas individualidades e escolhas, mas um movimento que visa o encontro em uma comunidade que oferece liberdade e fronteiras de sentido.

Hora, a ordem sacrificial impõe modelos e fixa conteúdos, sacralizando monumentos, exigindo que a forma ideal e inalterada seja identificada. Haveria, assim, uma relação estrita entre um acontecimento passado e a imagem espetacular que devemos estabelecer a fim de retomar aquela identidade que podemos perder. No entanto pode deixar escapar o sentido do acontecimento. A cruz, por exemplo, não é sacra naquela representação espetacular que estamos habituados a ver nos cinemas, mas aquele acontecimento crucial encontra sua eternidade na crítica à violência e na abertura do reconhecimento da segregação, do sacrifício que se requer dos marginalizados. A cruz não é sacra quando olhamos para uma tela de cinema, mas quando percebemos o discurso contra a dissimetria instaurada por um poder violento e segregador. A cruz é sacra quando enxergamos no Cristo a imagem de todos aqueles que são sacrificados, inutilmente, injustamente, em prol da ordem pública e tradicional. A sacralidade simbólica da cruz está na crítica ao sacrifício.

Neste sentido aquela imagem de uma mulher seminua pregada a uma cruz, ensanguentada e machucada, tendo escrito sobre sua cabeça não o INRI histórico, mas o GLBT moderno, rompe com a espetacularidade quando critica a segregação imposta por modelos formais que exigem a identidade do indivíduo no todo que deveria se impor sobre ele. Aquele gesto antes de significar uma afronta a um símbolo cristão, representa uma atualidade da ignomínia sacrificial, da violência que as normas e regras morais estabelecem quando voltam-se contra o sentido do reconhecimento que requer o amor gracioso. Se há alguma atualidade da cruz é, em primeiro lugar, a de apontar para o reconhecimento de nossas diferenças que igualmente reclamam por amor gracioso e, em segundo lugar, a criticar a violência das segregações impostas por regimes hierárquicos que são ditados por elites políticas, econômicas, acadêmicas, culturais, religiosas, etc. Devemos louvar a coragem daquela que tomou a cruz de Cristo e o seguiu, sendo perseguida, assim, pelos neo-fariseus. E, como disse Paulo: contra o amor não há lei.

Marcos Nicolini é Bacharel em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e Bacharel em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Doutorando pelo Programa de Pós--Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo.

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