domingo, abril 19, 2009

CULTURA BRASILEIRA (Homenagem ao dia do Índio)


O brasileiro já nasce falando tupi, mesmo sem saber. O português falado em Portugal diferencia-se do nosso principalmente por causa das expressões em tupi que incorporamos. Essa incorporação é tão profunda que nem nos damos conta dela. Mas é isso o que faz a nossa identidade nacional. Depois do português, o tupi é a segunda língua a nomear lugares no País”.


A lista de nomes é extensa e continua aumentando. Há milhares de expressões, como:


Ficar com nhenhenhém – que quer dizer falando sem parar, pois nhe’eng é falar em tupi.
Chorar as pitangas – pitanga é vermelho em tupi; então, a expressão significa chorar lágrimas de sangue.
Cair um toró – tororó é jorro d’água em tupi, daí a música popular “Eu fui no Itororó, beber água e não achei”.
Ir para a cucuia - significa entrar em decadência, pois cucuia é decadência em tupi.
Velha coroca é velha resmungona – kuruk é resmungar em tupi.
Socar – soc é bater com mão fechada.
Peteca - vem de petec que é bater com a mão aberta.
Cutucar - espetar é cutuc.
Sapecar - é chamuscar é sapec, daí sapecar e sapeca.
Catapora – marca de fogo, tatá em tupi é fogo.



O significado de grande parte dos nomes de lugares só se sabe com o tupi. Como nomes de bairros da maior cidade do país.


Pari é canal em que os índios pescavam,
Mooca é casa de parentes,
Ibirapuera é árvore antiga,
Jabaquara é toca dos índios fugidos,
Mococa é casa de bocós – bocó é tupi.


Pelo professor Eduardo Navarro, pesquisador da matéria na Universidade de São Paulo (site: UOL em 19/04/2009).

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